21.11.12

Carrinho de boa vontade

Com certeza um dia diferente...

Fui aos correios para enviar uma simples correspondência e acabei sentido um ótimo sentimento que ainda não havia experimentado.

Estava na fila para o caixa e, enquanto não chegava minha vez, observava o interior da agência procurando alguma distração para os olhos, foi quando descobri uma bandeja azul cheia de folhas em seu interior. Eram as cartas endereçadas ao Papai Noel e a qualquer outro indivíduo de nome popular que pudesse apadrinhar um ou vários daqueles remetentes, e eu nem almejava me intrometer nessa via de sonhos e crenças, não sei porque... mais nunca tive essa pretensão.

Contudo um novo sentimento, como uma metamorfose ambulante, fez brotar uma vontade de conhecer aqueles sonhos descritos quase de forma primitiva, em folhas de caderno ilustradas com gravuras feitas a mão e repletas de esperança. Me aproximei da bandeja e me deliciei com a pureza e simplicidade das cartas. Li, li e reli várias delas até que uma me escolheu, a qual dizia após seu pedido a seguinte frase: "Se você não poder midar pode midar outra coisa".

E assim, aos 26 anos, conheci a famosa "magia do Natal", um presente sem obrigações, sem pressões, com apenas a boa vontade e a esperança de dois destinos que se esbarraram apenas pelo sincero motivo do Natal: a confraternização.